Como olhar mais para você no meio da confusão da crise

Imagem Unsplash

Você se olha no espelho e se sente um trapo. Descabelada, cansada, com vontade de dar um up no visu. Soa familiar? A verdade é que a gente passa tanto tempo cuidando do outro (ou dos outros) que ficar por último acabando sendo comum, e sabemos que não é bem assim que deveria ser, certo? Mas para onde correr?

A mãe ocupada, exausta, que gerencia um monte de tarefas e que tem um trabalho constante de atenção precisa arranjar de alguma forma “mecanismos” para se cuidar e manter a mínima sanidade.
Aliás, não me refiro sobre ser “normal”, até porque uma dose de loucura cai bem e não faz mal, muito pelo contrário.

Mas é sobre poder optar por fugir da programação, é sobre poder sair um pouco do estado constate de alerta de mãe, que quero dizer. É sobre ligar o modo off, enrolar na cama, ficar sem falar com ninguém, se desconectar.
Que eu me permita poder sair da rotina de vez em quando, dormir sem hora para acordar no fim de semana, tomar sol pela janela sem me preocupar se o almoço vai atrasar.

Focar em nada, apenas olhar pro teto ou a paisagem do recorte da janela. Nessa altura do campeonato, ou melhor, da quarentena, ser funcional o tempo inteiro já não faz mais sentido. Que com o meu silêncio eu possa me escutar mais e cuidar daquilo por ora escondido debaixo do tapete, mas tali urgindo atenção.

Como diz a psicanalista Mafria Homem, ” se a gente conseguir desacelerar a gente vai fugir menos e saber para onde ir”. E desacelerar é se olhar, se escutar. “Menta vazia, oficina do Eu”, assim ela diz, e assim eu concordo. Não temos para onde correr a não ser para dentro de nós e buscar a calmaria para sustentar o espaço necessário para lembrar, conectar ideias, lançar um projeto, ter aquele insight.

E você, tá se olhando? Se escutando? Ta deixando o seu silêncio tomar parte da situação? O que ta faltando mais atenção dentro de você? Alimentar bem, fazer um pouco de exercício não necessariamente significa estar atenta a você. Para e se escuta. Observa o que te incomoda e cuida disso.

Pensando nisso, elaborei um lista para essa autocuidado. Mas vou ficar muito feliz se você compartilhar o que tem feito para esvaziar a mente e se escutar mais. 🙂

//OBSERVE TEUS SENTIMENTOS

Se ainda não parou para analisar o que está por traz dos sentimentos faça isso já. Se está com medo, está em estado de alerta. Se a ansiedade bateu, alguma coisa pode estar te incomodando. Se está com raiva, algo te deixou frustrado.

//FAÇA O QUE TE FAZ BEM

Não é egoísmo, é autoamor. Viver sem prazer é horrível e realizar coisas que fazem a gente se sentir bem é o combustível para a vida. Explore a sua casa, a internet, caça algo que vai te remeter à sensações boas de encontrar com você mesma.

//NÃO PEGUE O “LIXO” DOS OUTROS PARA VOCÊ

Se alguém ou uma situação te incomodou, entenda que aquilo diz respeito ao outro e não a você. Evite fadiga desnecessária. Desapegue dos problemas do outro e foque em ti, afinal, você já temos questões demais para lidar.

//SE LIBERTE DA BUSCA DO PERFECCIONISMO

Uma coisa é fato, buscar perfeição é uma aspiração tóxica. Então, já que perfeitos nunca seremos abrace suas imperfeições e não tente escondê-las de seus filhos. Se gritou e perdeu a paciência não se mutile com autojulgamentos. Ser mãe é aprendizado constante, deixa que eles veem suas falhas de forma natural e, se você errou, é possível fazer outra escolha em vez de se julgar como péssima mãe.

Beijos, estamos juntas nessa! 💕

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