
Olá chicas, como estão?
A avalanche de acontecimentos e obrigações ativa o modo automático e se distanciar de você mesma acaba que sendo uma resposta a isso tudo. Talvez uma mecanismo de defesa contra seu lado mais profundo?
É quando cai a ficha de que é preciso caber dentro de você primeiro pra se encaixar no lugar de mulher, mãe, o ser que deseja. Recuar, se fechar, se olhar. Se viver exige intensidade, esse portal de dentro de nós precisa ser abastecido para que haja imensidão. Manter essa conexão com nós mesmas é, sem dúvida, o maior desafio.
E nessa peleja, você tem parado pra se escutar ou tem fugido de você mesma? Estar inteira exige. Exige coragem, exige um querer de verdade. Exige ânimo pra tirar os móveis do lugar e levantar a poeira debaixo do tapete. Exige sair da zona de conforto, questionar suas certezas.
Essa tal necessidade de balançar nossas verdades, cavucar questões nunca tocadas antes é revolucionária e o impacto no lado mãe é avassalador. Precisamos transbordar pra poder dividir e, para além disso, mostrar na prática o que se aproxima do que é viver “plenamente”.
É da maternidade de onde nossas energias são consumidas numa potência surreal e para que esse maternar siga acontecendo forças precisam ser resgatadas, movimentos devem acontecer.
Nesse rolê louco da vida, quando a bússola está desregulada e as ruas ficam sem saída, daí a necessidade desse cara-a-cara com gente. Se colocar numa outra perspectiva, nadar de braçada sobre seus embates, apertar o que estava frouxo, te levar de volta à sua órbita.
Mas ledo engano achar que deixar de se alienar de nós mesmas significa encontrar a paz eterna, até porque, já diria Freud “O Eu não é senhor em sua morada, ele está sempre em conflito”. E apesar dessa visita à você ser algo sem fim, vale a pena, e, no fundo, a gente sabe disso.
Se reconectar com a natureza é potente e pode trazer respostas para as mais profundas questões. Andar sozinha, observar as ondas e o vento são remédios para alma, no fazendo escapar do burnout materno ou até nos curar dele.
Chega uma hora, que é preciso abandonar aquela mulher que já não se encaixa mais aí dentro, recolher os cacos e ir. E para que essa reprogramação aconteça é preciso abraçar o desconforto. Pois, como disse Rubem Alves: “ostra feliz não faz pérola”.
Bjs, se cuidem.