Os medos depois que me tornei mãe

Hoje eu estava pensando sobre as forças e as fraquezas que a maternidade despertou em mim. Forças porque depois que me tornei mãe descobri coragens que eu não sabia que tinha e fraquezas porque também passei a ter vários medos que antes eu desconhecia ou, se tinha um ou outro deles, era de forma mais branda.

Por exemplo, sempre fui um pouco apavorada quando via alguém cair e se machucar. Hoje que sou mãe fiquei ainda pior com relação a isso rs. Confesso que não sou um primor em primeiros socorros, mas aprendi a duras penas durante esses três anos de vida materna que ser mãe é também ser um pouco enfermeira nas horas necessárias. Mesmo cagando de medo quando me deparo com a cena da Helena caindo e se machucando tento segurar a onda – confesso que não é tãaooo fácil assim – e evitar dela ficar mais apavorada.

Outro medo, ou melhor cautela nesse caso, é sobre dirigir nas estradas. Se antes eu tentava ser cuidadosa (inimigos falarão o contrário rs), agora eu sou cuidadosa ao quadrado. Mas um dos primeiros medos que me veio logo na maternidade foi o da Helena engasgar. Sério, me lembro de eu perguntar para a pediatra do neonatal o que fazer quando a bebê engasgasse. Eu ficava procurando os vídeos de primeiros socorros para casos de engasgo em bebês. Que doidera, eu sei…

Também tenho medo de andar com a Helena muito tarde da noite. Sem falar no medo de morrer ou de ficar doente, aff, cruz-credo!

E vocês, mamis lindas, qual o medo que adquiriram depois da maternidade? Algum que eu não destaquei aqui?

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O poder do olho no olho

Senjuti Kundu

Dominar a psicologia infantil pode ser sim importante e eficaz muitas vezes, porém nada como uma conversa franca olho no olho, o famoso tete-à-tete. As experiências surgem e comprovam a minha tese. Outro dia, já exaurida em não saber mais qual língua falar para que a Helena entendesse de que era a hora do banho, dei um tempo, fui ao banheiro, abaixei a tampa do vaso e sentei ali. Me questionei: como falar, como agir para que ela me atenda sem promover desgastes emocionais, físicos e afins? Detalhe, até pouco há pouco tempo esse momento do dia era prazeroso para nós duas já que conversávamos e brincávamos, mesmo que ela estivesse caída de sono, mas, agora, passava a ser um pesadelo. A minha palavra era sucumbida por longas manhas no chão que antecipavam choros estridentes. Gente, não queria mais essa dinâmica à beira de ter um treco depois de uma rotina de trabalho. Definitivamente tinha que haver um basta!

Eis que me ocorre uma luz: ir ao Santo Google Nosso de Cada Dia. Ali estava eu pesquisando sobre como lidar com manhas e choros de crianças com dois anos (sim, pois a idade interfere muito na forma dos diálogos). De repente surge um texto profético na minha tela! Ao deslizar sobre ele, imaginei que talvez valesse a tentativa de aplicar aquelas sugestões naquele momento. Desesperada, bati o olho no trecho da matéria que me trazia a luz. Ele destacava o quão importante é nós nos abaixarmos na altura da criança para ficar olho no olho e falarmos de forma firme, sem titubear. Pois a criança entre dois e três anos presta atenção ao que falamos por cerca de 30 segundos, afinal ela está sempre explorando novas formas de brincar e por isso sua mente vive a mil. E muitas vezes não é que ela esteja nos desafiando ou nos desobedecendo mas apenas está entretida com outras coisas ‘mais interessantes’, assim dizia o especialista. Portanto, a nossa mensagem deve ser dita de maneira firme e objetiva.

Munida dessas dicas, voltei para a sala, me agachei na altura da Helena, falei firme que “agora era hora de tomar banho para dormir e descansar”. Ela retribuiu o meu olhar com um gesto positivo e fomos juntas de mãos dadas para o banho. Enfim, um desfecho tranquilizante para mim, apaziguador para a casa (e a vizinhança rs). Masss isso não significa que a manha na hora do banho não se repetirá ou qualquer outro motivo que culmine em birras. Porém, talvez em menor escala.

 

 

 

Tenha filhos

Me identifiquei com o texto “Tenha Filhos” e gostaria de compartilhá-lo com vocês. Ele é uma descrição de diversas situações em que a maternidade nos coloca, desde economizar no tênis novo até se apegar à fé que antes estava um pouco perdida…  E como o texto diz, o melhor de tudo dessa experiência intensa, amarga e doce ao mesmo tempo é oportunidade de aprender e poder voltar atrás nas ideias. Não existe espelho nosso mais verdadeiro do que os nossos filhos para nos mostrar nossas ações, pensamentos e filosofias de vida. Vale a pena a breve leitura.

Happy family together hand in hand on the beach at sunset, summer time. Mother, father and a little child

O aprisionamento do ‘sim’

Gentem, qual o grau de dificuldade de vocês em dizer não? O meu é grande! E agora que sou mãe me pego tendo que exercer essa palavra váaarias vezes.

Com dois anos e oito meses, a Helena tem testado bastante até onde vamos com o “não”. Às vezes, sem perceber, me pego permitindo ou cedendo certas coisas que poderiam dar lugar a essa palavra que, por vezes, soa como algo negativo, mas que terá um impacto positivo na vida dela, certamente. Essa questão abre prerrogativas para as minhas divagações de que o “não” não é de todo mal e tem seu lado positivo. Daí podemos trazer vários exemplos para além da maternidade, por exemplo: um amigo que te faz um convite e você está indisposto mas não recusa com receio de “pegar mal”. Venhamos e convenhamos, que, apesar de vivermos numa cultura na qual constantemente colocamos o outro em primeiro plano, autoqualificar nossas vontades menos importantes do que a de um terceiro é péssimo.

Mas, voltando ao tema do “não” para os filhos, tenho tentado ponderar quando dizer não e quando posso ser mais permissiva. Tá, OK, disse NÃO, porém, ela chora, esperneia, ai ai ai, faço um passeio em torno das minhas culpas, do cansaço e, por fim, entrego a ela a oportunidade para abusar, manipular e me ganhar: um sim, um tá bom ou um só dessa vez… Não, definitivamente não, Fernanda, vá até o fim e mantenha-se firme com o seu N-Ã-O.

Esse é um dilema que vivemos hoje em casa com Helena: saber ponderar quando sim, quando negociar ou quando não é não. E se seu filho vive a adolescência dos bebês ou os terrible two como no caso da minha Helena, daí, amiga, vamos ter que ser mais fortes ainda. Mediante a um não, ignorar as birrinhas, esperar acalmar para conversar, retirá-lo do meio das pessoas e no momento de tranquilidade ajudá-lo a entender os seus sentimentos para que possa aprender a lidar com eles. O psicoterapeuta Leo Fraiman diz: a criança PRECISA aprender a criar, a negociar, a ceder, a esperar e a se frustar.

Ufa, que tarefa árdua, mas quem disse que seria fácil?

Dizer “não” é um sinal de amor

A arte de escutar

Silêncio. Alguém aqui já parou para prestar atenção no silêncio?

Percebi que o silêncio também ensina. Ele pode transformar, fortalecer e até mesmo acolher.

Na ausência dele, pode vir o medo, o desespero, a agonia, o sofrimento, a soberania. Na sua presença, a calmaria, o chocolate quente em dias nublados.

Escutar é melhor do que falar — em várias ocasiões, quase sempre, talvez. A razão do silêncio traz paz. Afinar a escutatória é perceber a respiração, aquietar o coração. É notar que existe um mundo para além de você. Exercitar a escuta é treinar acalmar a alma.

Como disse o escritor Rubens Alves em “A Escutatória”: “Todo mundo quer aprender a falar, ninguém quer aprender a ouvir”.

Contrate uma mãe!

Você, assim como eu, já foi a uma entrevista de trabalho e se sentiu um pouco invadida pelo simples fato de ser mãe? Quê? É isso mesmo? Sim, é, amiga. E não estou dramatizando não, é fato mais que consumado que muitas recém-mães, ao tentar se recolocar no mercado de trabalho, se sentem “excluídas”, a começar na entrevista de empresa quando o foco deixa de ser as qualificações e competências para a vaga pleiteada e passa a ser a sua vida maternal. Chega a ser constrangedor.

Daí eu me pergunto: em vez de nos bombardear com perguntas sobre o que faremos caso o filho ou filha fique doente ou numa situação de ter que esticar o trabalho com quem a criança ficaria, por que não descobrir quais são as qualidades que nós mães desenvolvemos com a maternidade e que podem contribuir para o trabalho? Aprendemos muito e desenvolvemos algumas caraterísticas importantes com o papel de mãe. Pode ser que você tenha descoberto a caminho para os planejamentos, pode ser que aprendeu a ser mais organizada, a realizar várias tarefas ao mesmo, a escutar melhor a sua intuição, a ter mais empatia, a cozinhar, enfim… Mas algo aprendeu. Aliás, a vida de uma criança em si traz muitos aprendizados não só para a mãe, mas para o pai e família como um todo. Já reparou como uma criança para trazer mais amor? Já reparou como ela nos ensina? Cuidar de um ser já é um aprendizado constante de doação.

No entanto, antes da maternidade me transformar e trazer essa mudança orgânica, já existia uma profissional com determinadas competências que não podem ser anuladas por que eu, você nos tornamos mães. Isso não deve ser empecilho para as empresas. Porém, nada está perdido. O site Contrate uma Mãe foi desenvolvido especialmente para mães que querem se recolocar no mercado de trabalho. Com um layout todo engajado com essa questão, que faz questão de ressaltar o empoderamento feminino e as qualidades que uma mãe pode ter, é totalmente gratuito 🙂 !

Além disso, percebo que o mindset de muitas empresas vai contra esse “estigma” por parte de algumas e fazem questão de valorizar a mulher que é mãe. Essas instituições oferecem programas dedicados à maternidade, licenças estendidas e até creches (pasmem!) dentro de seus escritórios. Vamos torcer para que a cultura do “mãe sem vez” dê cada vez mais lugar para a “mãe da vez”!

 

Eu falo, tu falas, eles falam…

Quantas vezes você se deparou cortando a pessoa numa conversa ou foi até marte e voltou enquanto a pessoa falava? Ou já se viu falando com alguém que parecia te ouvir quando, na verdade, em vez te querer entender a sua linha de raciocínio, já logo te interrompia com único objetivo de querer te responder? Pior: a pessoa te pergunta algo e não escuta sua resposta (xiiii, quem nunca?). E quando uma fala mais que o outro sendo que ninguém entendeu ‘lhufas’? Daí já não virou mais ruído e sim zumbido, barulho estridente, esganiçado (rsrs). Caracas, falar é fácil, difícil é se comunicar… cheguei a essa conclusão.

Nas minhas andanças pela internet encontrei este vídeo de uma TED sobre como falar de um jeito que o ouvinte queira ouvir e entender. Achei muito bom! Vejam e me falem o que acharam. Quem já conhece, assista de novo porque vale a pena 😉 !

 

 

 

A felicidade existe e mora (também!) na Dinamarca

Você sabia que o povo dinamarquês foi considerado o mais feliz do mundo durante quatro décadas e agora ocupa a terceira posição no ranking?  Dentre tantas provas que revelam isso estão as edições do Relatório Mundial da Felicidade, publicado Pelas Nações Unidas, e as pesquisas realizadas pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OECD). O livro “Crianças Dinamarquesas”, de Jessica Joelle Alexander e Iben Dissing Sandahl, não traz só estas estatísticas como também ilustra de maneira clara e objetiva — bem como uma manual — as evidências que tornam essa cultura nórdica entre as mais felizes do mundo. Como uma jornalista e mãe curiosa que sou, mergulhei na leitura em busca de informações e tanto adorei que super indico tanto para os pais quanto para quem ainda não vive essa experiência, pois o livro faz a gente lançar mão de uma filosofia de vida que muitas vezes foge do habitual, do que estamos acostumados e fomos condicionados a enxergar, pensar e agir. Profundo? Ah vá, se reenquadrar a uma nova visão é mais fácil do que ganhar na loto. Não, não ganhei nada para fazer “propaganda”, eu simplesmente recomendo porquê é bom, faz a gente ampliar nossos horizontes enquanto pais e seres humanos. Hahaha tô filosofani muito, né?! Então bora pro que interessa e veja abaixo o que eu listei de interessante:

  • Se amar em primeiro lugar – Para ensinar nossos filhos se amarem e amarem o próximo o princípio básico é Nos Amar em primeiro lugar. O livro frisa isso logo de cara. Aquele pensamento de que nossos filhos vêem em primeiro lugar não é bem assim… Primeiro temos que nos cuidar, nos amar, para estarmos aptos a nos doar e cuidar das nossas crias.

 

  • Visão Otimista Realista – Fugir da linguagem limitadora, dos famosos rótulos, tanto negativos quanto positivos, pois elogio demais pode tornar a criança narcisista em sem determinação para encarar as dificuldades na vida adulta. O otimista realista é diferente do otimista exagerado — aquelas pessoas cujas vidas parecem ser tão perfeitas que às vezes soam falsas. Os otimistas realistas, característca nata dos dinamarqueses, minimizam os termos e ocorrências negativos e criam hábitos de interpretar situações de uma maneira mais positiva, ou seja, enxergam as experiências não só a partir do preto e branco, mas através de outras nuances. Exemplo: em vez de “Odeio andar de avião”, para eles seria assim: “Viajar é ótimo depois que saio do avião”; “Sou péssimo cozinheiro”, eles trocam por: “Tenho que seguir receitas para não errar.” E assim vai… Ah, algo que achei bem interessante é que eles não associam os filhos a seus comportamentos, afinal, por traz de posturas isoladas existem sentimentos e necessidades. Nesta caso, um exemplo: “Ah ela é chatinha para comer.” Negativo, ela pode estar assim porque pode estar com sono e cansada e naquele momento não quer comer.

 

  • Elogiar o processo e o esforço – os dinamarqueses tomam muito, mas muuuuito cuidado ao elogiar seus filhos, uma vez que elogios em excesso podem culminar em uma pessoa no futuro extremamente vaidosa, egoísta e com uma visão fixa sobre as coisas, até mesmo acomodada, por assim dizer, e no primeiro problema que enfrentar correr o risco de desistir logo de cara. Exemplo: em vez de: “Parabéns, você é muito inteligente, acertou tudo!” substituir por:”Acho que esse exercício está fácil demais, vamos tentar outro mais difícil?”. Ou em vez de: “Nossa, que desenho lindo, parabéns!” trocar por: “Muito obrigada pelo desenho que fez pra mim! O que desenhou? No que estava pensando quando o criou?”

 

  • Resiliência – o espíritio de resilência estimulado pelos dinamarqueses é evidente. A começar pelos filmes que assistem, muitas vezes com finais tristes. O que foge de um padrão que estamos acostumados, não é mesmo? No entanto, assistir histórias com finais não muito gratos faz nos colocarmos naquela situação e nos tornarmos mais gratos por termos uma vida ‘perfeita’, digamos assim. Além disso, quando enfrentam problemas, os dinamarquesas os encaram sempre a partir de uma ótica positiva, enxergando sempre o lado bom das experiências. Muitas vezes até com um certo humor. Então se o filho está chateado por que não se saiu tão bem numa partida de futebol, o pai pode brincar com essa situação e dizer: “Mas porque está tão triste? Você quebrou a perna, quebrou? Não. Da outra vez você ganhou e dessa vez não se saiu tão bem, porém podemos treinar para que da próxima vez você se saia melhor!”

 

  • Pensar no outro – Trocar o EU por NÓS. Eles utilizam o termo de socialização hygge, que tem origem do termo alemão hyggja e significa “sentir-se satisfeito”. Em reuniões entre famílias e amigos eles deixam as diferenças de lado e se concentram no lado bom das pessoas que amam, o que torna o clima mais acolhedor e os momentos ainda mais felizes. Odeiam os dramas de adultos, negatividade e divisionismo. O foco é curtir os momentos, serem gratos e quererem passar isso a diante para suas crias. Participam de projetos coletivos, incentivam a ajudar o outro e aprendem a buscar o ponto forte e fraco do colega. A grosso modo, estimulam a empatia.

 

  • Ouvintes natos de seus filhos – eles não só escutam seus filhos, repetem o que eles falaram para deixar claro que os escutou, como também ajudam a resolver seus problemas e desavenças entre os amigos. Eles explicam as regras e fazem perguntas para ajudar seus filhos a entender melhor a situação.

 

Enfim, é um texto leve e muito objetivo. O único ponto negativo que achei é que acaba sendo redundante em algumas partes e muitas explicações que estão ali eu já tinha visto em leituras mais rápidas na internet, mas serve para reforçar valores bem interessantes.

 

 

Quando teu filho nascer…

Você vai escutar algumas vezes durante a gravidez: “aproveita pra dormir porque quando nascer…”. Ou: “quando nascer você nunca mais vai dormir por oito horas seguidas”. Sim, tuuudo verdade! Mas não se apavore, pois a natureza é tão perfeita que você vai descobrir uma força suprema e a capacidade de lidar com o dia a dia mesmo sem dormir bem e por várias horas seguidas!

E, quando teu filho nascer, mais do que descobrir a força que existe dentre você, irá encontrar uma paciência quase que de buda e uma desenvoltura para lidar com certos estigmas e pensamentos ‘machistas’.

Quando teu filho nascer, não precisa encarar a fortona o tempo inteiro, você pode gritar, esbravejar e se revoltar, mesmo que seja interpretada como uma reação típica de tpm ou uma insanidade momentânea por conta da queda brusca dos hormônios.

Quando teu filho nascer, se você por acaso quiser cobri-lo por várias camadas de roupa com receio de que sinta frio mesmo que o sol brilhe lá fora, o máximo que vai acontecer é você ter que tirar algumas peças logo em seguida. Então, deixe te olharem torto como se você, em vez de ter saído da maternidade pra casa, deveria ter ido direto pro manicômio. Tudo passa…

Quando teu filho nascer, pode incorporar a Loka do alcóol, pois, do contrário, vc corre o grande risco de sofrer depois porque o baby pegou um resfriado, gripe ou bronquilote (seríssimo isso!) e aquele misto de peso na consciência de não ter protegido o seu filho e cansaço por acumular noites mal dormidas vai te acometer.

Quando teu filho nascer, deixa as opiniões alheias de lado e filtre apenas o que te faz sentido, pois, senão, ficará totalmente confusa. Quando teu filho nascer, antes de tudo, vai na sua intuição. Aquela máxima de que “nasce um filho, nasce uma mãe” não existe à toa.

Quando teu filho nascer, aproveite a nova mulher, mais confiante, forte, guerreira, que passará a ocupar o lugar de uma persona passageira prestes a despontar para uma (nova) vida.