Se você acha que contar estorinhas que despertam medo e insegurança no seu filho não é uma boa está enganada! Contos como O Dedo Polegar, Chapeuzinho Vermelho, Os Três Porquinhos, Bicho Papão devem fazer parte das estorinhas relatadas para os petiticos. Quem revela isso é o psicólogo e mestre em educação Marcos Méier. “Estes contos que misturam medos ‘fantasiosos’ como medo da escuridão, de morrer, do lobo, da floresta, com medos reais como o do Bicho Papão, que não existe, tem que fazer parte da infância. Na hora de contar, a mãe ou o pai, ao lado da criança, tem que mostrar que esses medos fantasiosos existem só na estorinha e aí elas aprendem a diferenciar estes sentimentos da imaginação dos medos reais desde cedo.”, diz o especialista em educação. Ele ainda completa: “na fase adulta, quando a criança já formada receber algum desafio profissional, por exemplo liderar um novo projeto, ela vai ter mais segurança e vai saber identificar o medo criado na cabeça dela, exercitado na infância com as estorinhas de terror.” Ele reafirma que as experiências com os contos que trazem medo faz com que o pequeno, já crescido, tenha maturidade suficiente para lidar com certas inseguranças/medos que foram aprendidos e vivenciados na infância.
E para que a imaginação e a criatividade sejam despertadas, a leitura desde cedo é primordial, afirma Méier. Por isso, livrinhos nunca é demais! “A fase em que o cérebro se desenvolve mais rápido é até os três anos de idade. Então, acredito que se estimularmos desde o hábito da leitura, certamente será muito benéfico à criança”.
Sim, a leitura é muito importante. No entanto, para que a criança se interesse ainda mais pelo universo do “Era uma vez…” e sinta-se, de certa forma, escutada pelos pais, uma boa tática é ‘inventar’ contos em parceria com os pais. Ou, seja, os pais devem compartilhar os enredos elaborados da sua imaginação junto com seus filhos. “Comece a estória e passa a bola pra eles inventarem um pouco; depois, conta mais um pouco; daí passa mais uma parte pra eles criarem e assim por diante… Assim, não subestimamos a imaginação dos pequenos e os contos podem ficar ainda mais divertidos”, revela o especialista, 😉