
Toda mulher com quem já me deparei que é realizada na carreira e tem sua parcela de contribuição na sociedade faz ou já fez em algum momento da vida terapia. Uma coisa é fato, algumas questões da nossa vida, quando recebem a ajuda de um terapeuta, são muito mais fáceis de serem dissolvidas.
Só pelo fato de termos nascido mulheres em uma sociedade patriarcal já precisamos de terapia. E uma boa parte do nosso trabalho em ser mulher é tratar das nossas inseguranças que surgiram em decorrência de um silenciamento do nosso universo interno. Em suma, é aprender a ser feliz e realizada e ter prazeres sem sentir culpa.
Terapia para lidar com fins de relacionamentos, terapia para lidar com a conclusão de ciclos, com a morte, com o chefe, com as exigências do trabalho, com a família, para se conhecer melhor e buscar instruir os filhos da melhor forma e por aí vai… Terapia é para os fortes, ou melhor, para quem quer enfrentar seus medos de estar cara a cara com si mesma, porque você lida com suas sombras, suas fraquezas, mexe em camadas que são difíceis de descortinar.
Não tem essa do terapeuta pegar leve, porque se for suave o paciente não mergulha nas suas profundezas, não tira do incômodo as respostas que precisa. Ao contrário disso, quando se decreta amizade entre terapeuta e paciente, de duas uma, ou o paciente tem alta ou chegou a hora de buscar um novo profissional para colaborar com esse processo de autoconhecimento e (talvez) cura.
Já fiz terapia para lidar com término de relacionamento, para trabalhar a perda da minha mãe, para entender minhas angústias existenciais e lidar com frustrações profissionais. Mas, utilizando o jargão das academias de ginástica, a terapia na minha vida parece nunca “estar paga”, pois tem sempre um tema que pode ser costurado melhor com ajuda de um processo terapêutico.
Sou do time que, se pudesse, passaria a vida deitada num divã divagando sobre minhas ‘egotrips’. Motivos não faltam, pois é sobre destrinchar suas emoções e entregar o seu melhor para o mundo, com mais autoconhecimento e controle sobre suas emoções, é sobre reconhecer seus limites para viver em harmonia com o mundo à sua volta.
Ao que parece, a visão sobre fazer terapia mudou ao longo dos anos e o que era antes sinônimo de vergonha e segredo, agora, fazer terapia é um fator positivo e bacana de se mostrar para o mundo. Seja algo para você guardar a sete chaves ou lançar aos quatro ventos, minha amiga, se eu puder te dar um conselho é: faça terapia, se vista de você.
Se puder escolher, escolha se cuidar, se conhecer, essa é a maior prova de autoamor, o maior sinal de que você está dando ouvidos a você mesma e, seguindo a palavra do momento, se empoderando.
Com carinho, Fê ❤️